Terminar a tão sonhada graduação é o primeiro passo para seguir na profissão. Logo após, vêm as especializações, cursos, mestrado e doutorado. Essas conquistas são, de fato, essenciais para o currículo dos estudantes que desejam se manter atualizados na profissão. A seguir, você vai conhecer alguns egressos e estudantes, do curso de Psicologia, que seguiram caminhos diferentes em busca de oportunidades de aprendizado.
Intercâmbio no Canadá
A aluna do 4° período de Psicologia, Natália Maria Silva Costa, conquistou uma bolsa de estudos para fazer intercâmbio no Canadá. A estudante está indo fazer uma pesquisa na área de psicologia, no laboratório de linguagem e desenvolvimento infantil. Segundo Natália, o processo se deu pela escolha de uma universidade canadense que tivesse vínculo com o programa ELAP (Emmerging Leaders of America Program). “O processo foi, resumidamente, encontrar a universidade e um professor disponível para me orientar na pesquisa, submeter a documentação requisitada pelo programa para a universidade canadense que eu escolhi e passar por uma entrevista com esse professor orientador”, explica. “A ideia veio de uma vontade antiga de viver essa experiência em um país estrangeiro, especialmente no Canadá, que é um país com ótimas universidades e uma alta qualidade de ensino. Sem dúvidas é uma oportunidade de aprendizado muito importante, além da possibilidade de fazer networking com especialistas renomados do tema de pesquisa do seu interesse e da valorização do seu currículo profissional”, afirma Natália.
A previsão é que a estudante viaje em setembro de 2021 e fique até janeiro de 2022. “A minha expectativa é ganhar experiência e conhecimento na área que pretendo atuar no futuro, a psicologia infantil. Além disso, espero me desenvolver pessoalmente estando em contato com outra cultura”, conta. Para Natália, o UniAcademia possibilitou que ela conseguisse seguir o sonho de fazer esse intercâmbio e seguir seu aprendizado na área. “ O UniAcademia me possibilita realizar o sonho de estudar psicologia, que é o curso que eu amo, podendo contar com professores altamente qualificados que contribuem significantemente na minha formação. Gostaria também de agradecer ao suporte dado pela coordenadora Adriana, que não poupou esforços para colaborar com a documentação necessária para realizar a minha candidatura e que acreditou no meu potencial desde que lhe apresentei essa ideia”, conta a estudante.
Curso online sobre questões étnico-raciais em Harvard
Larissa Costa Braz, estudante do 7° período de Psicologia, teve a oportunidade de estudar em Harvard, de forma on-line. O Afro-Latin American Research Institute da Harvard University é a primeira instituição de pesquisa nos Estados Unidos dedicada à história e à cultura dos povos afrodescendentes na América Latina e no Caribe. O ALARI estimula e patrocina bolsas de estudo sobre a experiência afro-latino-americana e oferece um fórum onde acadêmicos, intelectuais, ativistas e formuladores de políticas se envolvem em intercâmbios e debates.
O curso foi on-line, em espanhol e português e composto por aulas centrais, seminários eletivos e a produção de um trabalho de pesquisa. O corpo docente é formado por renomados professores dos EUA, Europa e América Latina. Segundo Larissa, o incentivo de sua coordenadora foi essencial neste processo. “Eu fui beneficiada com uma bolsa de 50% para participar do programa como acadêmica da UniAcademia, a parceria e incentivo da coordenadora Adriana foram fundamentais para meu ingresso no programa. Fiz parte da segunda turma do ALARI que contou com 207 participantes de 17 países da América Latina, Estados Unidos e Europa de diversos setores como estudantes de graduação e pós-graduação, professores de todos os níveis, funcionários públicos, membros de organizações não governamentais e profissionais interessados na questão racial, ativistas e militantes de organizações e movimentos sociais”, explica.
O curso teve duração de 6 meses, concluído em março de 2021 com a produção da pesquisa “Raça, Capitalismo e Subjetividades”. “ Eu fiz a pesquisa em conjunto com Geraldo Obermayer da Costa Braz, meu irmão, doutorando pela UFJF, o que me enriqueceu grandemente com o intercâmbio e produção coletiva de conhecimento e agendas de pesquisa”, conta a estudante.
Residência em saúde coletiva no Recife
A egressa Oetsia Vargas Smits se formou em Psicologia no final de 2020 e desde 2018 já planejava ingressar em Mestrado em Psicologia Social, logo quando terminasse a faculdade. Muito ativa em projetos de ensino, extensão, estágios e trabalhos dentro do curso, Oetsia fortaleceu seu sonho e o seu currículo. “Meu último semestre - o famoso semestre final do TCC - veio acompanhado por um projeto de mestrado pronto para ir comigo ao Nordeste. Mas, por erro de documentação enviada, não consegui nem começar o processo. Já cheia de planos para a vida pós graduação, fui encorajada pela minha ex-professora Lara Calais e Corando Pável a tentar a Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, muito reconhecida nacionalmente e historicamente no campo das residências que lutam pelo sistema público de saúde”, conta. “Planejei meus estudos e ida para fazer a prova em dois meses, conciliando-os com os trabalhos, estudos e formação. Foi um período bem difícil. Tive que abrir mão de muita coisa por esse objetivo, mas tive uma rede de apoio belíssima, bem como um forte desejo em atuar nas Políticas Públicas. Passei no Programa Multiprofissional de Residência de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (FCM/ UPE) em março deste ano, nem Carteira de Registro Profissional eu tinha finalizado, rs. Mas agora ela está feita e com o carimbo pernambucano”, explica Oetsia.
Aprovada em março deste ano e desde então morando em Recife-PE, a egressa tem aulas on-line na Faculdade de Ciências Médicas da UPE (por conta da pandemia) e também atua a nível Municipal (Recife), Regional e daqui a alguns meses a nível Estadual no Sistema Único de Saúde (SUS) enquanto Residente de Saúde Coletiva. Ao longo desses quatro meses, o trabalho também veio recheado de desafios que a classe trabalhadora enfrenta. “No meu caso, que é como atuante do Sistema de Saúde Público, em meio à Pandemia, estar ocupando este lugar só me faz querer fazer da minha profissão uma ferramenta de luta e compromisso com a realidade social latinoamericana, engendrada por profundos processos históricos de desigualdade(A), exploração e colonização, mas com muita força (historicamente) coletiva. Ver nossa história a partir do território nordestino acende ainda mais esse desejo e expande meu brilho nos olhos pelas belezas do nosso chão e dos nossos (tantos) povos. A psicologia tem muito a contribuir nesse processo, é só o começo de grandes transformações que podem vir-à-ser.”
A ex-aluna do UniAcademia não escondeu o carinho e admiração pelos seus professores e agora colegas de profissão. “Nos últimos anos, as grades curriculares dos cursos de Psicologia vêm sendo reformuladas, ao entender que a nossa profissão se estende aos consultórios clínicos e instituições privadas, como a ocupação de espaços nas Políticas Públicas, nos movimentos sociais da sociedade civil, na ampliação de pesquisas e tantas outras infinitas possibilidades. Fico feliz que esse também vem sendo o percurso do nosso curso no UniAcademia, que tem nossa queridíssima Adriana Ventura como coordenadora e professores tão preciosos! Em especial Conrado Pável, Daniela Belchior, Margareth Guiga e minha eterna orientadora e professora Lara Calais. Não sei se eu tinha chegado até aqui sem elas/eles, bem como os estágios, trabalhos e projetos de extensão que participei (como a minha amada LAÇO e Sarandirando), que foram (e são) pilares na minha formação profissional e pessoal enquanto sujeito ativo, político e social. E junto a elas/eles, os amigos e amigas que fiz ao longo dessa trajetória na UniAcademia e que levo comigo para a vida, sempre no meu coração, por onde eu for”, afirma a mestranda.
Mestrado em Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
O egresso Marcos Vinicius Lucas da Silva foi aprovado no mestrado na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Segundo Marcos, seu desejo sempre foi seguir na área acadêmica. “Eu fui na cara e na coragem para Vitória, né? No processo eles pediam a escrita de um pré-projeto e diferente de outros processos que eu já tinha visto não tinha uma prova inicial. E, antes da prova de línguas, tinha uma análise de currículo e foi aí que o UniAcademia fez muita diferença pra mim! Os contatos e os projetos que eu fiz foram primordiais para o engrandecimento da minha formação”, afirma.
A ideia do tema surgiu da sua vontade e desejo de estudar as relações raciais e assim se propôs a pesquisar os "Atravessamentos do racismo nas relações de trabalho de profissional negros (as)" dentro do programa de “Psicologia Institucional: Políticas públicas, processos formativos e trabalho. Inclusive, a sua própria monografia foi sobre a criminalização da população negra. “Depois que eu saí do UniAcademia, passei a trabalhar na área como psicólogo organizacional. O tema do meu trabalho é algo que me chama muita atenção, afinal, a ideia principal é sobre a construção subjetiva do negro em relação ao trabalho, como que o negro se relaciona com a temática trabalho e como que ele é afetado por todas as questões raciais que envolvem o nosso país. Por todo o racismo que está intrínseco na nossa cultura”, explica. “ No projeto, eu fiz uma escrita mais voltada para dois grupos que são de interesse meu. Que são pessoas que ocupam uma posição de liderança, uma posição de destaque e pessoas que estão se inserindo no ambiente de trabalho. Numa tentativa de entender como essas pessoas vivenciam o trabalho e como ela é afetada pelas questões raciais”, afirma.
O sonho do egresso é ser professor e, por isso, a sua expectativa em relação ao projeto e seu mestrado são as melhores possíveis. “Meu sonho é ser um bom professor, ao modelo dos quais eu me baseio, professores críticos voltados para a transformação social”, conta. O curso inicia em agosto, mas as reuniões já se iniciaram, aumentando ainda mais as expectativas do mestrando.
A importância do UniAcademia em seu processo foi lembrado pelo egresso. "Para alguém como eu, negro e pobre, que foi bolsista do Prouni, o UniAcademia fez muita diferença . Os encontros que tive ao longo da minha trajetória - principalmente com professores como a Lara Calais, Conrado Pável e Margareth Guiga e com a LAÇO - foram essenciais para me ajudar a aprender mais sobre a transformação. Eu tive a oportunidade de ir em congressos, apresentar trabalhos, ir em comunidades e atuei, de fato, com a psicologia que eu acredito", aponta. "Foi a partir do encontro com a Lara, com os alunos do curso e com todos os professores, que eu pude ir formando o psicólogo que eu sou hoje. Foram, sem dúvidas, belos encontros na minha formação", afirma Marcos.